domingo, 15 de maio de 2011

Relatório da aula do dia 07/04/2011


Crislaine Fischer Tomazi
                          Carolina R. Souza
                          Scheila Cristina Vidal
                          Maria Joana T. Toledo


Nas aulas do dia 07, começamos a estudar o texto Escola e Democracia de Dermeval Saviani, onde o autor faz abordagens de teorias pedagógicas e fala das teorias tradicionais e críticas. Mas, para entender as abordagens de Saviani, é preciso primeiramente compreender o autor Karl Marx em seu livro Manuscritos Econômico - Filosóficos, no qual ele expõe o conceito de trabalho alienado.
            Passou-se então a discutir o que é alienação, chegando à conclusão de que alienação tem como radical alien (outro), de onde vem a palavra alheio (de outro). Ou seja, alienação é quando a consciência de uma pessoa é substituída por uma consciência alheia. Mas não se trata de uma pessoa dominando a outra. Para Marx, é uma mentalidade que é instaurada a partir das regras do sistema produtivo. Quando se pensa a partir de outro, não é possível se compreender, pois se está pensando através de um referencial que não é próprio.
            Marx busca também achar razões concretas, ou seja, econômicas e sociais, do porquê o indivíduo pensa pela cabeça dos outros, levantando assim duas possibilidades.
            1º. Visão Idealista – focada somente na questão mental do indivíduo.
            2º Visão Materialista – o indivíduo só pensa a partir do mundo que pisa, de algo concreto. Enquanto a visão idealista diz que o indivíduo é somente desinformado, a materialista dirá que ele é desinformado porque a classe social que tem e a vida que leva o expõem a isso.
            Mas, no mundo material, algo que leva o indivíduo à alienação, para Marx, é o trabalho alienado. Para melhor compreensão desse tema, foi lido pelo professor um pequeno trecho do livro de Marx, já citado acima, o qual afirma: “A penúria do trabalhador aumenta com o poder e o volume da sua produção”, ou seja, quanto mais o indivíduo trabalha, mais a capitalista ganha e mais independente desse trabalho ele fica.
            Marx ainda dividiu o trabalho alienado em quatro aspectos:
            1º Do trabalhador em relação ao objeto produzido: o objeto que o trabalhador produz se opõe a ele como um ser estranho, como um poder independente do trabalhador.
            2º Do trabalhador em relação ao trabalho: O trabalhador não consegue ver a produção como uma atividade sua. Marx afirma que a realização do trabalho aparece na esfera da economia política como a desrealização do trabalhador, ele não reconhece o próprio trabalho.
            3º Do trabalhador em relação à humanidade: O trabalhador se torna desumano no sentido de não reconhecer o que é humano, se sente como uma máquina e vê os outros da mesma forma.
            4º Do trabalhador em relação ao semelhante: ele não reconhece as necessidades de seus semelhantes, das pessoas próximas a ele.
            O trabalhador, para Marx, deve então superar o trabalho alienado para recuperar a verdadeira objetivação que é a realização do ser humano, e isso só é possível com a eliminação da propriedade privada.
            Após definir o que é alienação e trabalho alienado para Marx, passamos então à leitura do texto de Dermeval Saviani, onde o autor trata da marginalização em relação à exclusão social, dizendo assim que a escola causa a marginalidade, não intencionalmente.
            Saviani destaca ainda a teoria não–crítica da educação a qual encara a educação como independente da sociedade, buscando compreender a educação a partir de si mesma. Saviani irá melhor abordar sua teorias no decorrer do capítulo, sendo estas discutidas e relatadas nas próximas aulas.


REFERÊNCIAS:

SAVIANI, D. Escola e Democracia: Teorias da Educação, curvatura da vara e Onze teses sobre educação e política. 22. ed. São Paulo: Cortez, 1989.

MARX, K. Manuscritos Econômicos e Filosóficos. São Paulo: Editora Martin Claret, 2005.

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