Carlos Alberto Ramos
Janaina Grassiote Souza de Oliveira
Marcela Mendonça Ferreira
Tatiane Cristina Garcia de Oliveira
O professor iniciou a aula incentivando os acadêmicos a serem ativos e participativos. A aula foi proposta a fim de desenvolver a autonomia e a criticidade do aluno e enfatizou a importância do ler por prazer, de parar e desfrutar da leitura.
Os conteúdos trabalhados no dia foram: As Teorias Crítico-Reprodutivistas segundo a abordagem de Dermeval Saviani e Sobre a Natureza e Especificidade da Educação, do mesmo autor.
Inicia-se estudando o sentido da marginalidade na relação entre escola e a sociedade. Crê-se ingenuamente que, resolvendo a marginalidade através da educação, automaticamente resolve a marginalidade social.
Saviani explica a teoria crítica-reprodutivista fazendo uma comparação com a teoria não-crítica. Aprendemos por contrastes. Só se conhece algo, comparando com outra coisa, ou seja, pensa-se no conceito de algo que não é, em seguida descobrirá o significado do próprio conceito.
Para a pedagogia Tradicional, a solução para a marginalidade vem da escola. Nela o marginalizado é ignorante. Já na Escola Nova é o rejeitado, o anormal. Na pedagogia Tecnicista, é o que não tem acesso à tecnologia. Ambas têm algo em comum: São teorias não-críticas.
A tentativa de explicar, reformular e criticar as teorias pedagógicas, na intenção de criar outras teorias com base no contexto que se está inserido, é denominada Metateoria pedagógica. A ligação entre teoria e prática é a práxis. As teorias e as práticas tentam se definir, causando assim a reflexão.
A definição da problemática do surgimento das teorias está estreitamente ligada à prática pedagógica. Acontece da seguinte forma: Educação (contexto social)=> Teoria pedagógica (Práxis)=> Metateorias pedagógicas.
No texto, o autor cita Althusser, que entende que a sociedade está dividida em classes, e que há uma luta de classes na sociedade. A sociedade não se mantém organizada por vontade própria, mas devido aos aparelhos de repressão, a escola, a polícia, a religião etc.
Para Marx os interesses das pessoas se agrupam de acordo com o interesse de cada classe.
Quanto à teoria de ensino enquanto violência simbólica, ela enfatiza que a escola inculca nos alunos os princípios da classe dominante, agravando a marginalidade.
Na Escola Dualista, a sociedade está dividida em dois grupos, um que representa a elite, e o outro que representa o proletariado. Esse conflito de interesse se reproduz dentro da própria escola, ou seja, concebe que há uma luta de classes, a escola só adota a teoria que vence.
Passamos a discutir o texto ‘Natureza e Especificidade da Educação, também de autoria de Saviani.
Entender a educação dependerá da visão que se tem do ser humano (Antropologia).
O homem produz a própria existência, transforma o mundo. A diferença entre o homem e o animal é o trabalho direcionado, intencional, com um fim específico.
Exemplificando isto, o professor relata o que diz Heidegger: A pedra é indiferente ao mundo, o animal é dependente do mundo, o homem é criador do mundo.
Há dois mundos, primeiro a natureza que nos é dada, acontece sem a interferência de ninguém, a regra é a necessidade; Segundo é a cultura, o resultado da natureza que nos foi dada, algo com um simbolismo, significado. A vontade das pessoas é o que impera na cultura.
Ao pensar no trabalho, podemos distinguir duas maneiras: A primeira, o trabalho material que necessita de uma força manual, que tem a finalidade a construção de bens materiais; A segunda é o trabalho não material, que é a produção do saber, não necessita de força física, mas é igualmente valoroso.
O professor concluiu a aula explicando a diferença entre ensino e educação. No ensino, há transmissão de conhecimentos, enquanto que a educação proporciona formação do sujeito, para que desenvolva um papel ativo na sociedade.
REFERÊNCIA
SAVIANI, D. Pedagogia histórico-crítica. 2. ed. Cortez: São Paulo, 1991.
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